O candidato da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia não comparecerá ao tribunal superior do país, nesta quarta-feira (7), para uma audiência relacionada a uma auditoria eleitoral solicitada pelo presidente Nicolás Maduro.
Em declaração publicada nas redes sociais, González questionou a legalidade dos procedimentos e expressou sérias preocupações sobre sua segurança. "Colocarei em risco não apenas minha liberdade, mas, mais importante, a vontade do povo venezuelano expressa em 28 de julho de 2024 e o esforço gigantesco dos venezuelanos que participaram deste processo para que pudéssemos obter evidências do voto emitido pelos cidadãos", disse ele.
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou, na segunda-feira (5), que González, Maduro e os outros oito candidatos na eleição presidencial de 28 de julho compareçam às audiências programadas até sexta-feira (9).
A convocação ocorre em meio a críticas globais a Maduro e seu leal Conselho Nacional Eleitoral sobre os resultados das eleições.
As autoridades eleitorais declararam Maduro o vencedor, mas ainda não produziram as contagens dos votos. Enquanto isso, a oposição alega ter coletado registros de mais de 80% das 30 mil máquinas de votação eletrônica em todo o país, que mostrariam que o ditador teria perdido a disputa.