A suspensão do X, antigo Twitter, no Brasil pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é destaque em veículos e agências de notícia ao redor do mundo neste sábado (31).
Portais destacaram a escalada de tensões entre Elon Musk, dono da plataforma, e Moraes e o debate sobre liberdade de expressão e desinformação nas redes.
A agência de notícias Bloomberg escreveu que o Brasil tem tomado algumas das ações mais agressivas para responsabilizar empresas de tecnologia sobre desinformação.
A BBC comentou que Moraes ganha destaque no Brasil após suas decisões de restringir plataformas.
A Reuters citou que a decisão do ministro pode fazer com que o X perca um de seus maiores e mais cobiçados mercados, "em um momento em que Musk tem enfrentado dificuldades com a receita publicitária da plataforma".
Já o Wall Street Journal destacou que a suspensão limita o acesso a milhões de brasileiros.
Entenda o caso
O embate que culminou na suspensão da rede social X no Brasil, nesta sexta-feira (30), se intensificou a partir do dia 17, quando o bilionário sul-africano Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), anunciou o encerramento das operações da empresa no Brasil, "com efeito imediato". No entanto, o serviço da plataforma seguiria disponível no país.
Segundo a companhia, o ministro Moraes teria ameaçado multar e prender a então responsável pelo escritório no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, por descumprimento de decisões judiciais.
Na quarta-feira (28), Moraes intimou o empresário Elon Musk a indicar, em 24 horas, o novo representante legal da empresa no Brasil. A intimação foi feita por uma postagem no perfil oficial do STF na própria rede social.
A intimação de Moraes ocorreu após Musk ter anunciado o fechamento do escritório do X no Brasil, com a demissão de todos os seus funcionários. Com a decisão, a plataforma ficou sem representante legal no país, o que é proibido pela legislação brasileira. O cumprimento das leis brasileiras é uma exigência do Marco Civil da Internet para que as redes sociais operem em território nacional.