Os Emirados Árabes Unidos (EAU) pediram, nesta quinta-feira (25), o "envio de uma missão internacional temporária" na Faixa de Gaza após o fim do conflito entre Hamas e Israel que assola há mais de nove meses o território palestino.
A consolidação da "paz e segurança e o fim do sofrimento humano devem começar com o envio de uma missão internacional temporária em Gaza, mediante convite formal do governo palestino", declarou a ministra de Estado para a Cooperação Internacional dos EAU, Reem al Hashimy.
Esta missão ficará encarregada de "responder eficientemente à crise humanitária", garantir "a ordem pública" e "abrir o caminho para a reunificação" da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ocupada "sob uma única Autoridade Palestina legítima", acrescentou Hasimy, citada pela WAM, a agência oficial dos Emirados.
Desde junho de 2007, a administração dos Territórios Palestinos está dividida entre a Autoridade Palestina, dirigida por Mahmud Abbas, que exerce um poder limitado na Cisjordânia, ocupada desde 1967 por Israel, e o Hamas, que governa na Faixa de Gaza.
Os países árabes já pediram em maio o envio de "forças internacionais de proteção e manutenção da paz da ONU nos territórios palestinos ocupados" até que seja aplicada a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se opõe fortemente a esta solução.
Hashemi indicou que um "cessar-fogo imediato em Gaza e a liberação de todos os reféns retidos" seria um "primeiro passo em direção à segurança e paz nos Territórios Palestinos e na região".
A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas do Hamas mataram 1.197 pessoas, em sua maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma recontagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército israelense estima que 111 pessoas permanecem em cativeiros em Gaza, das quais 39 estariam mortas.
Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas, considerado uma organização "terrorista" por Estados Unidos, Israel e União Europeia, e lançou uma ofensiva que já matou pelo menos 39.175 pessoas em Gaza, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde do território.
* AFP