A eleição deste domingo (28) na Venezuela é a mais desafiadora para o chavismo em 25 anos. O presidente Nicolás Maduro enfrenta o opositor Edmundo González em um processo eleitoral histórico para o país. O eleito vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031.
González votou em Caracas. A jornalistas, ele disse que esperará o resultado do Conselho Nacional Eleitoral.
— Também temos nossos próprios mecanismos para conhecer o avanço do processo — disse.
Mais cedo, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), González convocou todos os eleitores a votar e cumprimentou os venezuelanos que estão no exterior votando "desde muito cedo."
"Isso também é por vocês", escreveu.
O candidato substituiu Maria Corina Machado, vencedora das prévias, após ela ter sido impedida pelo Supremo Tribunal de Justiça de concorrer a qualquer cargo por 15 anos.
Na última pesquisa da AtlasIntel, divulgada na sexta-feira (26), ele aparecia como preferido à corrida eleitoral, com 51,9% dos votos. Maduro ocupava o segundo lugar, com 44,2%.
Maduro votou pela manhã
Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo às 6h no horário local (7h no horário de Brasília). Nicolás Maduro votou e afirmou que vai "garantir" que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.
— Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados. Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral — disse ele, após votar em Caracas.
A eleição
Cerca de 21 milhões de venezuelanos decidem neste domingo (28) o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.
Esta é a eleição mais importante dos últimos 25 anos. Pela primeira vez em 11 anos, a oposição vai para disputa unida, e com chances de vencer.
O momento em que ela esteve mais perto de vencer o chavismo foi em 2013, logo após a morte de Hugo Chávez. Maduro, então vice-presidente, venceu apertado Henrique Capriles, por 50% a 49%.
Em 2018, a estratégia da oposição de boicotar a votação foi um desastre e resultou na reeleição de Maduro por ampla margem. Agora, os opositores fecharam questão com qualquer candidatura que fosse capaz de derrotar o chavismo.