O movimento libanês pró-Irã Hezbollah afirmou nesta quarta-feira (24) que lançou "dezenas de foguetes" contra o norte de Israel, depois de acusar o governo israelense de matar dois civis em seu território. O grupo xiita teria atacado o norte do país israelense na tarde de terça-feira (23).
O Hezbollah troca tiros e disparos de foguetes com as forças israelenses quase diariamente desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel em 7 de outubro. A ofensiva do Hamas matou mais de 1 mil civis. O episódio desencadeou uma campanha militar do governo israelense na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz que incursão no território palestino irá prosseguir até que o Hamas seja destruído.
Nos últimos dias, o grupo libanês intensificou os ataques contra o território de Israel, que por sua vez executou bombardeios mais profundos contra alvos no Líbano nas últimas semanas.
Em um comunicado, o Hezbollah afirmou que seus combatentes dispararam "dezenas de foguetes Katiusha" nesta quarta-feira contra uma cidade israelense próxima da fronteira, "em resposta aos ataques do inimigo israelense e em particular ao massacre de Hanin".
Na terça-feira, uma mulher de 50 anos e uma menina de 12 anos da mesma família morreram em um ataque israelense contra uma casa na cidade fronteiriça de Hanin, segundo as equipes de emergência e a imprensa oficial libanesa.
No mesmo dia, o Hezbollah reivindicou um ataque com drones contra duas posições militares israelenses.
Desde 7 de outubro, ao menos 380 pessoas morreram do lado libanês durante os confrontos, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 72 civis.
Na região norte de Israel, 11 soldados e oito civis morreram, segundo o Exército. Milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas nos dois lados da fronteira.