O projeto de lei de ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, Israel e Taiwan avançou em mais uma fase no Senado do país. Em uma votação extraordinária neste domingo (11), o projeto recebeu 67 votos favoráveis e 27 contrários. O pacote envolve ajuda de US$ 95,3 bilhões (aproximadamente de R$ 472 bilhões) a aliados do presidente Joe Biden, com a liberação ao Executivo de gastos emergenciais nesta cifra.
Os senadores republicanos são contrários ao projeto, acompanhando a posição do ex-presidente Donald Trump que intensificou os ataques contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A votação final do projeto pelos senadores está prevista para os próximos dias, mas o futuro da lei é incerto na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, onde a maioria é republicana. O presidente da Câmara, Mike Johnson, não indicou se, ou quando, agendará qualquer votação sobre o pacote.
O pacote inclui US$ 60 bilhões em apoio à Ucrânia, principalmente para a compra de armamento e equipamentos de defesa fabricados nos Estados Unidos, US$ 14 bilhões para ajuda a militar a Israel no conflito contra o Hamas, US$ 8 bilhões para Taiwan e parceiros no indo-pacíficos, US$ 9,2 bilhões em assistência humanitária para Gaza e US$ 8 bilhões para o governo ucraniano e outras formas de ajuda.
O líder democrata Chuck Schumer disse aos senadores no Capitólio que os recursos são cruciais para reação ao presidente russo, Vladimir Putin, e para os Estados Unidos manterem a posição global da América. Schumer disse que se os EUA não ajudarem a Ucrânia, "é muito provável que Putin tenha sucesso".
— A única resposta certa a esta ameaça é o Senado enfrentá-la com firmeza, aprovando este projeto de lei o mais rápido possível — disse Schumer, acrescentando que está aberto a alterações no projeto. — Continuaremos trabalhando neste projeto de lei até que o trabalho esteja concluído — defendeu.
O republicado Mitch McConnell, sem citar nominalmente as declarações de Donald Trump, afirmou que "a liderança americana é importante e está em questão":
— Hoje não é exagero dizer que os olhos do mundo estão voltados para o Senado dos Estados Unidos. Os nossos aliados e parceiros esperam que a nação indispensável, o líder do mundo livre, tenha a determinação de continuar.
O Senado promove várias votações processuais sobre o pacote em meio às pressões republicanas para a interrupção dos trâmites.