Os terremotos que abalaram o Japão no dia 1º de janeiro de 2024 já deixaram ao menos oito mortos, conforme informações divulgadas por autoridades da cidade de Wajima, província de Ishikawa. A região foi o epicentro do sismo que atingiu magnitude 7,5 na escala Richter, gerando alertas de tsunami no local.
Em entrevista ao Estúdio Gaúcha desta segunda-feira (1º), o brasileiro Manuel Savoldi, estudante de jornalismo, que está no Japão, contou como foi vivenciar a situação:
—Parecia que eu estava em um tabuleiro de xadrez e que tinha alguém mexendo o tabuleiro para frente e para trás. Você sente o chão mexendo, a parede mexendo, você vê tudo mexendo. Durou ao redor de uns 30 segundos e depois parou.
Ele estava em um restaurante na cidade de Matsumoto, na província de Nagano. Um amigo, então, avisou que um tremor viria, mas, segundo Manuel, foi algo fraco, que eles sequer sentiram. No entanto, depois, veio outro alerta. A mensagem indicava que viriam fortes tremores e pedia que procurasse um lugar seguro, como explica.
— Os celulares de todo mundo do restaurante começaram a apitar... o meu, o da garçonete, o da família que estava do nosso lado. Começaram a apitar muito alto. Nessa hora, você dá aquela sentida e, 10 segundos depois, tudo começou a tremer — lembra.
Conforme esclarece Manuel, a notificação é enviada pela Agência Meteorológica do Japão a quem está no país.
O estudante é aluno de Jornalismo na Universidade de São Paulo (USP), está realizando um intercâmbio de estudos na Itália e decidiu passar o fim de ano no Japão, onde mora um amigo. O brasileiro está no país desde o dia 23 de dezembro.
Ele detalha que chegou a ficar apreensivo, mas que há uma sensação de tranquilidade entre os moradores.
— Como existe um certo costume em relação a esses tremores, a abalos deste tipo, você realmente não vê aquela grande coisa. Você vê muitos vídeos de casas despencando, coisas acontecendo, mas realmente pouca comoção grande, como eu imaginaria que seria no Brasil — compara.