O recém-eleito primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, pediu, nesta terça-feira (12), em seu discurso no Parlamento, apoio para a Ucrânia em guerra e afirmou o seu desejo de reconstruir uma comunidade nacional profundamente dividida.
Na noite desta terça, por 248 votos a favor e 201 contra, os membros da Câmara baixa do Parlamento polonês deram seu apoio ao governo pró-europeu de Tusk, encerrando oito anos de poder nacionalista populista.
Tusk será empossado ante o presidente Andrzej Duda durante uma cerimônia na quarta-feira.
Em seu discurso aos deputados no Parlamento, Tusk fez um apelo ao mundo para uma "mobilização total" a favor da Ucrânia frente à ofensiva russa e garantiu que trabalhará "efetivamente em favor de Kiev".
O ex-presidente do Conselho Europeu também manifestou que espera se reunir ainda esta semana com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em uma cúpula europeia em Bruxelas.
O desejo de cooperação parece recíproco, visto que Zelensky lhe enviou imediatamente uma mensagem de "parabéns" na rede social X (antigo Twitter) no mesmo dia de sua eleição como chefe do governo polonês.
O novo primeiro-ministro declarou ainda que vai restaurar a credibilidade da Polônia na União Europeia (UE), dando ao seu país uma voz forte, e prometeu libertar os fundos europeus congelados por Bruxelas, com quem o Executivo populista anterior mantinha relações conturbadas.
"Somos mais fortes, mais soberanos, não só quando a Polônia é mais forte, mas também quando a União Europeia é mais forte", disse Tusk, que já havia sido primeiro-ministro de 2007 a 2014 e presidente do Conselho Europeu de 2014 a 2019.
A menos que haja surpresas, o novo premiê deverá tomar posse na manhã de quarta-feira (13).
* AFP