Yahya Sinwar, líder do grupo extremista islâmico Hamas, fez sua primeira declaração pública desde o ataque a Israel em 7 de outubro, data que marcou o início da guerra. No comunicado, o ele declarou que o Hamas está enfrentando uma "batalha feroz, violenta e sem precedentes", mas ressaltou que não desistirá. As informações são do portal CNN.
Sinwar afirmou que o Hamas não se renderá às "condições da ocupação" e declarou que o grupo extremista está no caminho para derrotar as Forças de Defesa de Israel (FDI).
O líder também alegou que as Brigadas al-Qassam, o braço militar do Hamas, causaram a morte de mais de mil soldados israelenses. No entanto, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), 156 soldados foram mortos na operação terrestre israelense em Gaza, uma cifra significativamente inferior aos números mencionados pelo líder do grupo.
Na semana passada, o Hamas afirmou que considera a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Gaza como "um passo insuficiente" para resolver a situação, uma vez que não inclui uma solução internacional para interromper a guerra.
As forças israelenses estão intensificando as operações dentro da Faixa de Gaza, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou em um comunicado em vídeo divulgado no domingo (24) que continuarão a lutar até alcançar a vitória sobre o Hamas.
Quem é Sinwar
Após fazer sua carreira nas sombras das prisões israelenses, onde passou 23 anos, Yahya Sinwar ascendeu para liderar o Hamas na Faixa de Gaza. Hoje, para Israel, é considerado "um homem morto".
O chefe do grupo terrorista palestino, de 61 anos, é o idealizador do ataque de 7 de outubro, no qual os comandos do Hamas dispararam contra bases militares, kibutzs e um festival de música eletrônica em Israel, que neste dia sofreu a pior ofensiva contra civis desde sua criação em 1948.
— A estratégia é dele, ele montou a operação, provavelmente em um ou dois anos. Ele impôs seu próprio ritmo para mudar a relação de forças no terreno e pegou todos de surpresa — explica Leila Seurat, pesquisadora do Centro Árabe de Pesquisa e Estudos Políticos (CAREP, na sigla em francês), em Paris.
Classificado como "rosto do diabo" e declarado um "homem morto" pelo Exército israelense, Sinwar não aparece em público desde outubro.
— Ele é o homem de segurança por excelência que, com o carisma de um líder, toma decisões com grande calma — afirma Abu Abdallah, ex-prisioneiro do Hamas, em 2017, quando Sinwar assumiu o poder do grupo terrorista.