A União Europeia (UE) condenou o grupo terrorista Hamas por usar "hospitais e civis como escudos humanos" na Faixa de Gaza e pediu que Israel priorize a proteção de civis em suas incursões e bombardeios no enclave palestino.
"A UE condena o uso de hospitais e civis como escudos humanos pelo Hamas" e está "profundamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza", declarou o alto representante de política externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.
Suas declarações chegam no momento em que o maior hospital de Gaza, Al Shifa, é alvo de bombardeios. O Hamas afirmou que um dos ataques destruiu o departamento de cardiologia do centro hospitalar.
Outro hospital, o de Al Quds, ficou fora de serviço em razão da falta de combustível, advertiu o Crescente Vermelho palestino.
O Exército israelense nega que os hospitais são seus alvos e acusa o Hamas de utilizá-los como centros de comando ou esconderijos, algo que o grupo terrorista nega.
"Essas hostilidades estão afetando gravemente os hospitais e cobram um preço terrível entre a população civil e o pessoal médico", afirma o comunicado da UE.
"A UE ressaltou que o direito humanitário internacional estipula que os hospitais devem ser protegidos, bem como o material médico e os civis que se encontram em seu interior", continua o documento.
"Os hospitais também devem ser abastecidos imediatamente com os mantimentos médicos mais urgentes e os pacientes que requerem atendimento médico urgente devem ser removidos de forma segura. Neste contexto, instamos Israel a exercer máxima contenção para garantir a proteção dos civis", insistiu Borrell no comunicado.
A declaração reiterou a postura de Bruxelas de que Israel tem "direito a se defender de acordo com o direito internacional e o direito internacional humanitário" e pediu uma "pausa imediata das hostilidades e o estabelecimento de corredores humanitários".