O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu uma pausa humanitária no conflito entre Israel e o Hamas que poderia envolver uma interrupção de hostilidades "temporária, localizada", não um cessar-fogo total, de acordo com um alto funcionário da Casa Branca nesta quinta-feira (2).
Durante um evento de campanha na quarta-feira, um membro da plateia pediu ao presidente que convocasse um cessar-fogo, ao que Biden respondeu: "Acredito que precisamos de uma pausa".
Nesta quinta, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, esclareceu à imprensa o que poderia ser essa pausa mencionada.
"Uma pausa humanitária (...) é temporária, localizada e focada, centrada em um objetivo específico ou objetivos, entrada de ajuda humanitária, remoção de pessoas", disse Kirby.
"A ideia geral é que, neste espaço geográfico, por um período de tempo limitado, haveria uma interrupção das hostilidades, suficiente para permitir o que quer que esteja sendo visado", acrescentou.
A Casa Branca havia anteriormente feito apelos por "pausas humanitárias" para permitir a entrega de ajuda em Gaza ou para realizar evacuações, mas até agora se recusou a discutir um cessar-fogo, acreditando que isso apenas beneficiaria o Hamas.
"Não estamos advogando por um cessar-fogo geral neste ponto", confirmou Kirby. "Como disse antes, acreditamos que um cessar-fogo geral beneficiaria o Hamas, dando-lhe alívio e tempo para continuar planejando e executando ataques contra o povo israelense", explicou.
A guerra entre Israel e o Hamas começou quase um mês atrás, após o ataque sangrento perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro. Em retaliação, o exército israelense tem bombardeado implacavelmente a Faixa de Gaza e lançou uma operação terrestre no enclave.
* AFP