Israel bombardeou, nesta quinta-feira (12), os dois principais aeroportos da Síria — o a capital do país, Damasco, e o de Aleppo. A informação foi divulgada por meios de comunicação oficiais sírios. Israel ainda não se manifestou sobre o tema.
Os ataques simultâneos "danificaram as pistas de pouso dos dois aeroportos, que foram colocados fora de serviço", noticiou a imprensa estatal síria, citando uma fonte militar. Esse foi o primeiro ataque contra a Síria desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O bombardeio coincide com a visita a Israel do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e poucas horas depois de o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, telefonar para seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, e pedir aos países árabes e islâmicos que cooperem "para parar os crimes do regime sionista contra a nação palestina oprimida".
O episódio ocorre ocorre no sexto dia de combates entre Hamas e Israel, que começou depois de membros do grupo islâmico palestino terem entrado em território israelense pela Faixa de Gaza no sábado (7). Até o momento, mais de 2,3 mil já pessoas morreram no conflito.
Histórico de conflitos
Israel lançou centenas de bombardeios contra o território sírio desde o início da guerra civil em 2011. A aviação israelense ataca, especialmente, os grupos apoiados pelo Irã e pelo movimento libanês Hezbollah, aliados do governo sírio e inimigos ferrenhos de Israel, além de posições do Exército de Damasco.
Os aeroportos de Damasco e de Aleppo foram alvo de ataques em diversas ocasiões. O de Aleppo foi colocado ficou fora de serviço por bombardeios em 28 de agosto, e o de Damasco, em 2 de janeiro.
Israel, que faz fronteira com a Síria, não costuma comentar suas operações contra este país, mas diz querer impedir que o Irã se instale próximo ao seu território. O Irã, que apoia abertamente o Hamas, celebrou a ofensiva do grupo palestino contra Israel, mas negou o envolvimento de Teerã no ataque.