O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em pronunciamento transmitido pela televisão local que a ofensiva na Faixa de Gaza "é apenas o começo" de sua guerra contra o Hamas. A declaração foi dada no anoitecer desta sexta-feira (13).
Netanyahu afirmou que Israel "nunca esquecerá ou perdoará os atos horríveis dos nossos inimigos" e que "vamos sair desta guerra mais fortes do que nunca".
— Nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço e eu não direi mais. Isso é só o começo (...) Levará tempo, mas terminaremos esta guerra mais fortes do que nunca — destacou.
Novos ataques
Ainda na quinta-feira (12), Israel deu ordem para que todos os palestinos vivendo na porção norte se retirassem e fossem para sul do território para "preservar vidas civis", sugerindo uma provável invasão da região. Ao menos 1,1 milhão de pessoas moram na área indicada. A declaração de Netanyahu foi feita cerca de duas horas antes do fim do prazo dado pelo país.
— Estamos atacando os nossos inimigos com uma força sem precedentes — declarou o primeiro-ministro enquanto o exército estaria se preparando para uma esperada invasão terrestre da Faixa de Gaza.
Israel tem realizado ataques aéreos em Gaza desde que terroristas do Hamas realizaram um ataque sem precedentes no último sábado (7), matando mais de 1.300 pessoas.
Críticas
O pronunciamento de Netanyahu causou expectativa em Israel, mas também sofreu críticas. O líder de oposição Yair Lapid acusou o primeiro-ministro de ter causado ansiedade entre os israelenses com um discurso no início do Shabbat, dia sagrado para os judeus.
— Como pode o primeiro-ministro de Israel deixar uma nação inteira em frenesi por um discurso incomum na noite de sexta-feira, apenas para depois não dizer nada sobre os reféns, o Norte, as retiradas de moradores (de áreas de Gaza) — criticou Lapid, de acordo com o jornal Jerusalém Post.
A publicação pontua ainda que não há memória de outro discurso de Netanyahu durante o Shabbat.