O governo israelense afirmou que não bloqueará a entrada de ajuda humanitária do Egito na sitiada Faixa de Gaza, após a pressão de seus aliados internacionais para que o auxílio chegue aos civis palestinos no território. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a decisão em um comunicado nesta quarta-feira (18) durante a visita do presidente dos EUA, Joe Biden.
"À luz da exigência do presidente Biden, Israel não impedirá o fornecimento de ajuda humanitária do Egito, desde que se trate apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza", diz o comunicado.
A decisão segue a crescente pressão internacional, inclusive dos Estados Unidos, pedindo que a assistência humanitária entre em Gaza, onde centenas de milhares de residentes foram deslocados em meio a constantes ataques aéreos israelenses.
No comunicado, Israel, no entanto, reforça que não permitirá entrada de suprimentos a Gaza a partir de seu território.
"Israel não permitirá nenhuma ajuda humanitária de seu território para a Faixa de Gaza enquanto nossos reféns não forem devolvidos", diz a nota.
Cerco a Gaza
Israel instituiu um cerco completo a Gaza, cortando o acesso a alimentos, água, eletricidade e combustível para os 2,3 milhões de habitantes da faixa.
Ainda não está claro quando a ajuda começará a entrar em Gaza pela passagem de Rafah, que, segundo o Egito, foi danificada pelos ataques aéreos israelenses.
Cerca de 5 mil pessoas foram mortas desde o início dos combates entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que lançou um ataque ao sul do território do país em 7 de outubro. Segundo as autoridades israelenses, o episódio matou pelo menos 1,4 mil pessoas, a maioria civis. Segundo Israel, 4.475 pessoas ficaram feridas e quase 200 foram levadas em cativeiro pelo Hamas.
Israel respondeu com o bombardeio sobre Gaza, e as autoridades palestinas informaram que 3.478 pessoas foram mortas e mais de 12 mil ficaram feridas.
Após uma explosão em um hospital em Gaza na terça-feira (17), que Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina culparam um ao outro, grandes protestos eclodiram em locais como a Cisjordânia ocupada, a Jordânia e o Líbano.
Os Estados Unidos apoiaram firmemente Israel, com o presidente Joe Biden se reunindo com Netanyahu nesta quarta-feira em um sinal de solidariedade enquanto a nação sofre com o ataque do Hamas.