Os montenegrinos votam neste domingo (11) em eleições parlamentares antecipadas, na tentativa de acabar com a crise política que assola seu país desde a derrota histórica, há três anos, do partido do veterano local Milo Djukanovic, também derrotado nas eleições presidenciais de abril.
Dois governos foram depostos por moções de desconfiança desde as eleições legislativas de agosto de 2020 neste país balcânico de 620.000 habitantes.
Desde a derrota do Partido Democrático dos Socialistas (DPS) de Milo Djukanovic por uma coalizão heterogênea que inclui formações pró-Rússia e pró-Sérvia, nenhum dos lados conseguiu formar uma maioria estável.
Montenegro, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde 2017 e negocia sua adesão à União Europeia (UE) desde 2010, passou de crise em crise desde então.
Na eleição presidencial de abril, Jakov Milatovic, um economista pró-europeu de 36 anos, derrotou com folga Milo Djukanovic, a figura dominante na cena política montenegrina por três décadas.
Seu partido, "Europa Agora!", está bem posicionado para vencer as eleições e ser um dos pilares do próximo governo.
Fundado há apenas um ano, o "Europa Já!" promete levar Montenegro pelo caminho europeu e superar as divisões religiosas e comunitárias em um país onde um terço da população se identifica como sérvia.
O partido espera atrair eleitores jovens ansiosos por novos rostos. Seu cofundador e presidente, Milojko Spajic, de 35 anos, está concorrendo ao cargo de primeiro-ministro.
* AFP