Um manifestante foi morto pela polícia no oeste do Quênia nesta segunda-feira (20), em um dia de confrontos entre as forças da ordem e apoiadores da oposição, que convocou novas manifestações contra a inflação e o governo.
Esses foram os primeiros distúrbios significativos desde a chegada ao poder de William Ruto, que venceu por uma margem estreita uma eleição presidencial polêmica em agosto passado, contra o rival Raila Odinga, que segue afirmando que a votação "foi roubada".
Em Maseno, um dos redutos da oposição no oeste do país, os policiais, após ficarem sem gás lacrimogêneo, "dispararam balas reais" durante manifestações nas quais morreu o estudante William Mayange, anunciou a polícia, acrescentando que seis policiais ficaram feridos.
O governador da região, Peter Anyang' Nyong'o, do partido de Odinga, denunciou "um assassinato a sangue frio" e pediu a prisão e o julgamento do policial envolvido.
Em declarações à AFP, o porta-voz de Odinga, Dennis Onyango, acusou a polícia de ter atirado contra o veículo do político, sem que seja possível confirmar esta informação de forma independente.
Outros confrontos ocorreram em Kibera, maior favela de Nairóbi, e em Kisumu, outro reduto de Odinga, no oeste do país.
* AFP