Crucial para evitar uma crise mundial de alimentos, o acordo sobre as exportações de grãos ucranianos está em uma situação "difícil", advertiu a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (15), embora se espere sua prorrogação em 18 de março.
Assinado em julho de 2022 entre a ONU, a Ucrânia, a Rússia e a Turquia, o pacto permitiu conter a crise alimentar causada pela invasão russa da Ucrânia.
Em meados de novembro do ano passado, o acordo foi prorrogado por 120 dias e deve voltar a ser renovado em 18 de março, disse o chefe de Assuntos Humanitário da ONU, Martin Griffiths, em entrevista coletiva em Genebra.
— Antes da última prorrogação, expressei uma certa confiança de que isso seria feito — afirmou Griffiths.
— Mas acho que estamos diante de uma situação um pouco mais difícil neste momento — disse ele, ressaltando que o acordo "funciona em conjunto" com o pacto entre a ONU e a Rússia sobre as exportações dos fertilizantes russos.
Griffiths explicou que o segundo acordo, também assinado em julho de 2022 com duração prevista de três anos, "é muito mais complicado" de administrar do que o de grãos, mas que "é importante que funcione, é importante trazer os fertilizantes russos".
Moscou reclama que suas exportações de fertilizantes — um produto de primeira necessidade para a agricultura mundial — estão bloqueadas, embora não se vejam afetadas pelas sanções impostas por países ocidentais desde o início da guerra.
Griffiths insistiu, no entanto, em que deseja "esperar e acreditar" que o acordo de grãos será renovado em meados de março.
Até o momento, o pacto permitiu que quase 20 milhões de toneladas de grãos chegassem a milhões de pessoas em todo o mundo, completou.