Uma organização de direitos humanos de Burkina Faso acusou o exército de matar pelo menos 25 civis nesta semana, incluindo mulheres e um bebê, no leste do país, segundo um comunicado recebido pela AFP nesta sexta-feira (3).
Nem o exército nem o governo reagiram às acusações.
O leste de Burkina Faso é uma das regiões do país mais afetadas pela violência de grupos jihadistas, contra os quais o exército luta.
O coletivo contra a impunidade e estigmatização das comunidades (CISC) disse na nota que foi procurado por vários familiares de vítimas que denunciaram "execuções sumárias de civis atribuídas a órgãos das Forças de Defesa e Segurança de Burkina Faso (FDS)" em três cidades.
As execuções teriam ocorrido após um comboio de várias centenas de veículos ter passado por estas cidades, escoltado por dezenas de outros veículos a bordo que eram das FDS em uniforme militar, segundo o CISC.
Segundo a ONG, testemunhas descreveram as vítimas como "civis desarmados".
A organização disse que vai continuar compilando informações para levar todos os responsáveis à justiça.
Burkina Faso sofre uma série de ataques de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico desde 2015, que deixaram milhares de mortos e pelo menos dois milhões de deslocados.
* AFP