Em um cenário de devastação, as equipes de resgate na Turquia e na Síria prosseguem nesta terça-feira (7) na luta para encontrar sobreviventes entre os escombros após o terremoto de segunda-feira (6). Até o início da tarde, foram confirmados mais de 6,2 mil mortos na tragédia.
Com base nos mapas da região afetada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que "23 milhões de pessoas estão expostas às consequências do terremoto, incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis".
— A OMS está ciente da forte capacidade de resposta da Turquia e considera que as principais necessidades não atendidas podem estar na Síria, no imediato e a médio prazo — afirmou a diretora da OMS, Adelheid Marschang, ao conselho executivo da agência da ONU.
O secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também alertou para a a urgência da situação.
— Agora é uma corrida contra o tempo. A cada minuto que passa, a cada hora que passa, diminuem as chances de encontrar sobreviventes — reforçou Tedros.
Em vários momentos sem ferramentas, os bombeiros prosseguiram com a dramática busca por sobreviventes durante a noite, desafiando o frio, a chuva ou a neve, assim como o risco de novos desabamentos. Em Hatay, sul da Turquia, as equipes de emergência resgataram com vida uma menina de 7 anos que estava bloqueada sob uma montanha de escombros.
— Onde está minha mãe? — perguntou a criança, com um pijama de cor rosa manchado pela poeira, no colo de um socorrista.
As condições meteorológicas na região de Anatólia, no sudoeste da Turquia, dificultam os trabalhos de resgate e prejudicam as perspectivas dos sobreviventes, que se aquecem em tendas ou em fogueiras improvisadas.
A ajuda internacional deve começar a chegar nesta terça-feira às zonas afetadas pelo terremoto e seus tremores secundários. O primeiro abalo, na madrugada de segunda-feira, atingiu 7,8 graus de magnitude e foi sentido inclusive no Líbano, no Chipre e no Iraque.