Vinte e duas pessoas morreram nesta segunda-feira (16) no norte do Senegal no choque entre um ônibus e um caminhão, oito dias após um acidente rodoviário que deixou mais de 40 mortos no país, informaram autoridades.
O primeiro-ministro Amadou Ba, que visitou o local, mostrou-se determinado a aplicar as disposições anunciadas uma semana antes. Ele considerou que o descumprimento dos regulamentos aumentou os danos. O ônibus tinha capacidade para 32 pessoas, mas transportava 47, declarou.
"Outro acidente fatal em nossas estradas", tuitou o presidente Macky Sall.
Pela manhã, o chefe nacional dos bombeiros, coronel Papa Ange Michel Diatta, disse à AFP que a colisão havia ocorrido perto da cidade de Sakal, na região de Louga.
Uma testemunha contactada pela rádio privada RFM disse que o ônibus havia desviado para desviar de um burro, um dos muitos animais que circulam pelas estradas do país.
Em 8 de janeiro, uma colisão entre dois ônibus no centro do país causou mais de 40 mortes. A tragédia pôs em evidência os problemas nas estradas do Senegal e de muitos outros países africanos: infra-estrutura degradada e perigosa, motoristas que não respeitam as regras de trânsito e corrupção entre os agentes encarregados de fazer cumprir as leis ou de emitir habilitações para motoristas.
Esse acidente, atribuído à explosão de um pneu, desencadeou uma avalanche de críticas às autoridades por não fazerem cumprir o código da estrada ou regulamentar adequadamente o estado dos veículos.
O governo senegalês anunciou uma série de medidas, mas muitas delas foram criticadas por não serem aplicáveis pelos profissionais do transporte.
* AFP