A nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita 'Fratelli d'Italia' (Irmãos da Itália), negou nesta terça-feira (25) qualquer "simpatia ou proximidade" com o fascismo.
— Nunca tive qualquer simpatia ou proximidade com regimes antidemocráticos. Por nenhum regime, incluindo o fascismo — afirmou em seu primeiro discurso como chefe de Governo na Câmara dos Deputados.
Em seu governo, o Executivo mais à direita da Itália desde a Segunda Guerra Mundial, Meloni garante que "não se desviará um centímetro" dos valores democráticos e que "lutará contra qualquer forma de racismo, antissemitismo, violência política, discriminação".
Durante o discurso no Parlamento, que deve votar a moção de confiança a seu governo, Meloni tentou acabar com as dúvidas sobre sua militância desde a juventude nos movimentos fundados pelos herdeiros do fascismo.
— Venho de uma história política que foi relegada por anos — declarou, em tom pessoal.
A líder da extrema direita também mencionou as mulheres que marcaram a história da Itália, da jornalista Oriana Fallaci até a líder antifascista Tina Anselmi, e criticou com veemência a máfia, prometendo uma linha "inflexível".
Também disse que pretende "frear as saídas ilegais" de migrantes da África para a península.
— Este governo quer acabar com as saídas ilegais (a partir da África) e acabar com o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo — destacou.