Após as atividades militares realizadas pela China, Taiwan também iniciou nesta terça-feira (9) exercícios de defesa com artilharia real. O governo da ilha acusa Pequim de preparar uma invasão.
O porta-voz do Oitavo Corpo do Exército de Taiwan, Lou Woei-jye, confirmou que os exercícios começaram no condado meridional de Pingtung com o disparo de sinalizadores e artilharia. Após a última bateria de disparos, os soldados taiwaneses gritaram "missão cumprida".
O ministro taiwanês das Relações Exteriores, Joseph Wu, afirmou que a China utiliza as manobras aéreas e navais para "preparar a invasão de Taiwan".
"A verdadeira intenção da China é alterar o status quo no Estreito de Taiwan e em toda a região", disse Wu.
A China realizou os maiores exercícios militares da história ao redor de Taiwan na semana passada, em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha. Pelosi foi a principal autoridade de Washington a viajar à localidade em décadas.
As Forças Armadas chinesas anunciaram a continuidade das manobras, com unidades aéreas e navais, nesta terça. O Comando Oriental do Exército Popular de Libertação afirmou em um comunicado que realiza exercícios de treinamento ao redor da ilha, concentrados em bloqueios conjuntos e operações de apoio conjunto.
Taiwan, uma ilha com governo autônomo, vive há décadas com a ameaça constante de uma invasão da China, que considera o território uma província do país que deve ser recuperada algum dia, inclusive pela força se necessário.
O ministro taiwanês das Relações Exteriores, Joseph Wu afirmou que a China "executa exercícios militares em larga escala e lança mísseis, assim como ciberataques, uma campanha de desinformação e coerção econômica para enfraquecer a moral pública em Taiwan".
As manobras taiwanesas, que também acontecerão na quinta-feira, incluirão a mobilização de centenas de tropas e 40 obuses, informou o exército. O porta-voz do Oitavo Corpo do Exército de Taiwan, Lou Woei-jye, disse na segunda-feira que os exercícios já estavam programados e não eram uma resposta às manobras da China.
A ilha de governo democrático organiza com frequência simulações de uma invasão chinesa. No mês passado, Taiwan treinou como evitar ataques pelo mar durante grandes exercícios.