Dois tiroteios em bares na África do Sul — um em um bairro da região de Johannesburgo e outro no leste do país — deixaram pelo menos 19 mortos, anunciou a polícia neste domingo. No massacre de Soweto, em uma favela perto de Johannesburgo, 15 pessoas morreram quando os criminosos abriram fogo contra uma multidão durante a madrugada.
Na cidade de Pietermaritzburgo, leste do país, na região zulu, quatro pessoas morreram quando dois homens atiraram de maneira indiscriminadamente contra os clientes de uma taberna. A polícia afirmou que é cedo para uma conclusão, mas apontou que o modo de operação dos dois grupos foi similar. Na tragédia de Soweto, maior e histórico subúrbio de Johannesburgo, a polícia recebeu um telefonema pouco depois da meia-noite.
— Quando chegamos ao local havia 12 pessoas mortas por ferimentos de tiros. Eles chegaram e atiraram contra as pessoas que estavam se divertindo — disse Nonhlanhla Kubheka, comandante da polícia local.
Onze pessoas feridas foram levas para o hospital e três não resistiram aos ferimentos, segundo a polícia. A policial acrescentou que nenhuma detenção foi efetuada até o momento e que uma investigação foi aberta.
Centenas de moradores do bairro se reuniram atrás do cordão de isolamento policial. Os corpos já haviam sido retirados e a polícia levou os parentes das vítimas que, devastados, tentavam se aproximar do bar. Em Pietermaritzburg, o tiroteio começou por volta das 20h30, horário local, e deixou quatro mortos e oito feridos, confirmou a porta-voz da polícia local, Nqobile Gwala.
— Um grupo de pessoas bebia em uma taberna e um veículo parou diante do local. Dois homens saíram do carro, entraram no bar e abriram fogo de forma indiscriminada contra os clientes — disse Gwala.
Duas pessoas morreram na hora e duas no hospital, segundo a policial. Os oito feridos permanecem hospitalizados. Os dois incidentes aconteceram um ano depois da mais grave onda de violência na África do Sul desde o fim do apartheid e a chegada da democracia. Em julho de 2021, vários distúrbios, com saques e destruição de fábricas, deixaram mais de 350 mortos e milhares de detidos, em meio a uma onda de infecções de covid-19.