Uma greve dos motoristas de caminhões-tanque aprofundou a crise política e econômica que assola o Sri Lanka que, nesta segunda-feira (2), sofria com longas filas diante dos postos de gasolina e problemas de abastecimento.
Os caminhoneiros exigem um aumento em seus salários de 115%, segundo o ministro da Energia, Kanchana Wijesekera, o que supera a oferta de um acréscimo de 95% formulada pela petroleira estatal Ceylon Petroleum Corp (CPC).
O funcionário afirmou que o governo está disposto a aumentar o pagamento para os caminhoneiros, mas se ceder ao que o sindicato pede a empresa estatal entrará "em falência".
Nesta segunda, poucos postos de combustíveis ainda tinham abastecimento, depois que os transportadores iniciaram a greve no sábado.
No começo do ano, o preço da gasolina aumentou em 90% e o do diesel, que é utilizado pelo transporte público, em 138%.
Os caminhoneiros afirmam que seus custos aumentaram pela subida do preço do diesel, ao que se soma uma alta dos seguros, das peças de reposição e dos salários pela forte depreciação da moeda local.
O país anunciou em 12 de abril uma moratória de sua dívida exterior e a ilha sofre com a falta de alimentos e de medicamentos há meses.
* AFP