Ao menos 21 pessoas, incluindo duas crianças, morreram na segunda-feira (7) à noite em um bombardeio na cidade de Sumy, a 350 quilômetros ao leste de Kiev, na Ucrânia, informaram nesta terça-feira os serviços de emergência ucranianos. Os ataques aconteceram antes da trégua anunciada pela Rússia, mas a vice-primeira ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk tem denunciado frequentes ameaças ao cessar-fogo acordado.
"Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais", afirma uma mensagem publicada no Telegram pelos serviços de emergência, que chegaram ao local às 23h locais. Os socorristas encontraram os corpos de nove civis e conseguiram resgatar uma mulher dos escombros. Na última contagem, o número subiu para 21 corpos encontrados.
Sumy, perto da fronteira com a Rússia, é cenário de combates violentos há vários dias.
De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, o ministério russo da Defesa se comprometeu, em uma carta enviada à Cruz Vermelha, a respeitar o corredor humanitário para a retirada de civis nesta terça-feira, com uma trégua das 9h às 21h locais (4h às 16h de Brasília). O primeiro comboio com civis deveria sair às 10h locais.
Mas logo em seguida, Vereshchuk denunciou uma violação das garantias.
— Temos informações de que o lado russo planeja perturbar este corredor e que há manipulações para obrigar as pessoas a seguir outro itinerário que não está coordenado (com os ucranianos) e é perigoso — disse.
Também insistiu nos pedidos de corredores humanitários para retirar civis de outras cidades como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Volnovakha e pediu a Moscou uma "coordenação urgente com os ucranianos" para garantir um cessar-fogo nestas regiões.