Sete soldados paquistaneses e pelo menos 13 rebeldes morreram em confrontos na província do Baluchistão, informou o Exército nesta quinta-feira (3), embora os separatistas tenham assegurado que dezenas de soldados foram mortos.
As forças paquistanesas foram atacadas na noite de quarta-feira nos distritos de Naushki e Panjgur, no Baluchistão, uma província do sudoeste rica em petróleo e gás que faz fronteira com o Irã e o Afeganistão.
Um total de sete soldados e 13 militantes separatistas morreram nas duas ações, disse o exército paquistanês em comunicado.
O ministro do Interior, Sheij Rashid Ahmad, garantiu que os ataques foram repelidos e elogiou uma "grande vitória" do exército em sua luta contra o terrorismo.
A declaração em vídeo do ministro do Interior aponta que seis militantes foram "cercados" por soldados e que foram derrotados.
Mas o rebelde Exército de Libertação do Baluchistão assegurou em um comunicado divulgado no Telegram nesta quinta que dezenas de soldados paquistaneses foram mortos e que os combates continuavam em Panjgur.
"Grande parte dos acampamentos militares em Panjgur e Naushki permanecem sob o controle da Brigada Majid" do grupo separatista, segundo o comunicado.
"Os mártires do Baluchistão mataram até agora mais de 100 soldados da ocupação e destruíram o interior do campo", acrescentou.
Os separatistas muitas vezes exageram seus sucessos militares, enquanto a assessoria de imprensa dos militares paquistaneses minimiza suas perdas.
O ministro do Interior do Baluchistão, Zia Lango, disse à imprensa que o saldo pode até ser de 12 mortos entre as forças do exército, incluindo unidades paramilitares.
Os separatistas intensificaram seus ataques às forças paquistanesas nas últimas semanas, incluindo com um atentado mortal no porto de Lahore em janeiro.
O Baluchistão, a maior e mais pobre província do Paquistão, tem recursos naturais abundantes, mas a população local se ressente por não receber o que considera sua parte justa de tais riquezas.
As tensões aumentaram com os investimentos chineses, incluindo US$ 54 bilhões para um projeto de infraestrutura entre os dois países, que os moradores dizem não ter se beneficiado.
As forças paquistanesas no Baluchistão também estão enfrentando ataques da facção local do Talibãs.
* AFP