A França é a favor de excluir a Rússia do sistema interbancário mundial Swift, mas outros Estados europeus têm "reservas" sobre o uso dessa "arma nuclear financeira" - afirmou o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, nesta sexta-feira (25).
"Alguns" países da União Europeia (UE) "demonstraram reservas. A França não é um desses Estados", disse Le Maire à imprensa, após uma reunião de ministros das Finanças do bloco em Paris, acrescentando que esta questão será avaliada "nas próximas horas".
Até agora, o Ocidente não conseguiu chegar a um acordo sobre a adoção de sanções extremas contra a Rússia, recusando-se a excluí-la desse mecanismo essencial em nível mundial. Vários países europeus, incluindo a Alemanha, temem um impacto no fornecimento de gás russo.
"A suspensão do Swift teria grandes repercussões para as empresas alemãs em suas relações com a Rússia, mas também para fazer pagamentos de entrega de energia", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, nesta sexta-feira.
Swift, sigla para Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, é uma empresa com sede em Bruxelas, sujeita às leis belga e europeia.
Fundada em 1973, é uma das mais importantes redes de transações bancárias e financeiras, que permite a liquidação interbancária entre instituições financeiras de todo mundo.
De acordo com o site da associação nacional russa Rosswift, a Rússia é o segundo país, depois dos Estados Unidos, em número de usuários desse sistema, com cerca de 300 bancos e instituições membros.
* AFP