Samoa e Ilhas Salomão estenderam, nesta terça-feira (25), os confinamentos aplicados pelo aparecimento de focos de covid-19 nestes remotos países insulares do Pacífico, até então poupados do coronavírus.
Na noite de ontem, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, disse que a capital do território, Honiara, tornou-se um grande foco de contágios e ampliou o confinamento por quatro dias. O objetivo é impedir que o vírus se propague para o restante do país.
"Peço a todos os moradores que vivem na zona de emergência que respeitem o confinamento e fiquem em casa", declarou Sogavare.
Até a semana passada, este país de 700 mil habitantes não tinha registro de óbitos e acumulava apenas 31 casos de coronavírus.
Desde então, porém, quase 300 foram detectados oficialmente, embora o número real possa ser maior, devido à capacidade limitada de testes de diagnóstico.
Samoa também decidiu manter o confinamento do país, que vai até a noite de quinta-feira (27). De acordo com as autoridades, continuam aumentando no país os casos relacionados a um voo de repatriação procedente da Austrália na semana anterior.
Outras nações insulares do Pacífico estão registrando tendências parecidas.
Sem casos de covid-19 desde o início da pandemia, Kiribati confinou a população depois do teste positivo de coronavírus de dezenas de passageiros do primeiro voo a desembarcar no país após a reabertura das fronteiras.
Em Palau, com pouco mais de 18 mil habitantes e uma taxa de vacinação de quase 100%, o número de casos diários dobrou em três dias, chegando a quase 600.
Tonga não foi afetada por essa onda de contágios. Dez dias depois da erupção vulcânica e do tsunami que devastaram o país, os esforços para continuar livre do vírus dificultam a chegada de ajuda humanitária.
* AFP