Na noite desta quinta-feira (18), uma cópia original extremamente rara da Constituição dos Estados Unidos foi vendida por US$ 43 milhões, um recorde mundial para um documento histórico em leilão, informou a empresa Sotheby's. A identidade do comprador ainda não foi divulgada.
A empresa de leilões destaca que se trata de uma das únicas 13 cópias conservadas da Carta Magna dos Estados Unidos, assinada em 17 de setembro de 1787, no Independence Hall, na cidade da Filadélfia, pelos chamados Pais Fundadores. Entre eles, estão George Washington, Benjamin Franklin e James Madison.
A cópia original vendida era propriedade da colecionadora americana Dorothy Tapper Goldman e uma das duas únicas ainda em mãos privadas.
Um grupo de investidores em criptomoedas chegou a arrecadar US$ 40 milhões para comprar o documento, mas não conseguiu superar o lance mais alto.
"Não conseguimos a Constituição, mas fizemos história de qualquer maneira. Quebramos o recorde de maior arrecadação de fundos para um objeto físico e de maior quantia arrecadada em 72 horas, que será devolvida a todos que participaram", disse o grupo ConstitutionDAO no Twitter.
Selby Kiffer, especialista em manuscritos e livros antigos da Sotheby's, disse, em setembro, que esta cópia provavelmente foi parte de uma edição de 500 exemplares impressos na véspera da assinatura da Constituição. No final de setembro, seu valor estava estimado em entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões. O preço final foi mais do que o dobro dessa avaliação inicial.
O leilão aconteceu em apenas oito minutos, com os candidatos fazendo lances fisicamente na sala de Nova York, enquanto outros davam seus lances por telefone de diferentes partes do mundo.
O histórico texto, com o conhecido preâmbulo "Nós, o Povo (...) proclamamos e instituímos esta Constituição para os Estados Unidos da América", foi aprovado em 17 de setembro de 1787. Posteriormente, foi ratificado pelos diferentes estados confederados, entre dezembro de 1787, no caso de Delaware, e maio de 1790, em Rhode Island.
Em setembro passado, Kiffer disse achar "muito interessante" que a Constituição seja, ainda hoje, "tão discutida quanto durante sua ratificação", há mais de 230 anos.