O rover Perseverance da Agência Espacial americana conseguiu, em sua segunda tentativa, coletar um pedaço de rocha marciana para análise futura por cientistas na Terra, confirmou nesta segunda-feira (6) a Nasa.
"Conseguimos!", tuitou a agência espacial americana na madrugada desta segunda, junto com uma fotografia de um núcleo de rocha ligeiramente mais grosso que um lápis dentro de um tubo de ensaio.
Sua primeira tentativa, em 5 de agosto, fracassou, porque a rocha estava muito quebradiça para suportar a broca do robô. Dados recebidos na última hora de 1º de setembro indicaram que a segunda tentativa havia sido bem-sucedida.
Na quinta-feira passada (2), a Nasa informou que as imagens tiradas depois que o braço do rover completou a coleta de amostras foram inconclusivas pelas más condições de luz solar.
"Com uma iluminação melhor no tubo de amostra, é possível ver que o núcleo de rocha coletado está lá", observou a Nasa no Twitter, acrescentando que a próxima etapa será selar o tubo e armazená-lo.
O alvo era uma rocha do tamanho de uma pasta apelidada de "Rochette" com uma crista de 900 metros de comprimento.
— A equipe determinou uma localização, selecionou e extraiu amostras de uma rocha viável e cientificamente valiosa — havia explicado na semana passada Jennifer Trosper, gerente de projeto do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena.
Último veículo explorador de Marte da Nasa, o Perseverance pousou na cratera de Jezero no Planeta Vermelho em fevereiro, no âmbito de uma missão em busca de sinais de vida microbiana antiga.
Seus instrumentos científicos montados em torres são capazes de determinar a composição química e mineral e buscar matéria orgânica, assim como de caracterizar melhor os processos geológicos do planeta.
O rover usa uma broca e um encaixe na extremidade de seu braço robótico de 2 metros de comprimento para extrair amostras um pouco mais espessas do que um lápis, que depois são armazenadas.
A Nasa planeja uma missão para trazer cerca de 30 amostras para a Terra na década de 2030. Os cientistas poderiam, assim, conduzir análises mais detalhadas para confirmar se houve vida microbiana em Marte.