O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na quinta-feira (9) uma série de medidas para estimular a vacinação contra a covid-19 e conter o avanço da variante Delta do coronavírus no país. Dentre os requerimentos de imunização, o democrata anunciou que empresas com mais de cem empregados deverão exigir que os funcionários se vacinem, com a alternativa sendo a realização de testes semanais, algo que o governo americano avalia que irá afetar 80 milhões de pessoas.
Além disso, Biden irá exigir a vacinação para todos os funcionários federais, medida que deve atingir 2,5 milhões de trabalhadores.
— Mesmo com a variante Delta afetando país, temos ferramentas para conter o vírus — afirmou o presidente.
O democrata enfatizou a importância de um retorno às escolas de forma segura, e, além de exigir a vacinação dos educadores do sistema federal, pediu que os governadores façam o mesmo em seus Estados. O plano também irá expandir as exigências de imunização entre os funcionários de saúde.
— Não podemos deixar não vacinados estragarem o progresso econômico que fizemos — apontou o presidente, sugerindo avanços como a criação de empregos no país. — Vacinas funcionam, pandemia é entre não vacinados — repetiu o democrata.
Biden apontou que 25% dos americanos não estão vacinados e "podem criar grande dano a todos".
— Não se trata de liberdade ou escolha pessoal. Trata-se de proteger a si mesmo e aos que estão ao seu redor — afirmou o presidente, que também indicou que punições mais severas serão aplicadas para aqueles que se recusarem a usar máscaras em viagens.
Ele declarou ainda que a "paciência" com os não vacinados está acabando.
Biden também anunciou apoio financeiro para pequenos negócios, incluindo linhas facilitadas de empréstimos. Segundo o democrata, o plano aumenta o número de testes e protege a economia.
— Destinaremos US$ 2 bilhões para testagem, para que todos tenham acesso gratuito aos testes de covid no país — anunciou.
O presidente reforçou ainda a importância de conter a covid-19 além "das fronteiras". Biden lembrou que os EUA doaram mais vacinas do que "Europa, China e Rússia juntos", e indicou que o país começou a doação de 500 milhões de imunizantes da Pfizer para países de menor renda.