A Nova Zelândia anunciou nesta segunda-feira (26) que vai aceitar em seu território uma mulher vinculada ao grupo Estado Islâmico e seus dois filhos, depois que a Austrália cancelou sua cidadania.
A mulher, nascida na Nova Zelândia, identificada como Suhayra Aden, mudou-se para a Austrália aos seis anos e tinha dupla nacionalidade até que Canberra retirou sua cidadania no ano passado.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse na ocasião que "terroristas que combateram com organizações terroristas" perderiam o privilégio da cidadania.
Aden mudou-se da Austrália para a Síria em 2004 e viveu sob o Estado Islâmico.
A mulher de 26 anos disse em 2019 ao canal de notícias ABC em um campo de refugiados sírios que esteve casada com dois combatentes sírios do Estado Islâmico.
A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse que cancelar sua nacionalidade não a deixará sem país.
"Eles não são responsabilidade da Turquia e como a Austrália se nega a aceitar a família, significa que são nossos", disse Ardern em um comunicado.
A chefe de governo neozelandesa, que criticou Canberra por "abdicar de sua responsabilidade" no caso, disse que a mulher e as crianças serão entregues à Nova Zelândia a pedido da Turquia.
Ela assegurou que será tomado muito cuidado para minimizar qualquer risco para os neozelandeses.
"O planejamento por parte das agências foi duplo: garantir que se implementem todos os passos apropriados para abordar os possíveis problemas de segurança e ter os serviços adequados para apoiar a reintegração, com uma abordagem particular no bem-estar das crianças", disse.
Aden e seus filhos estavam detidos na Turquia desde fevereiro passado, quando cruzaram a fronteira com a Síria.
* AFP