Mais de um milhão de eleitores votaram na autoproclamada República da Somalilândia nesta segunda-feira (31) nas eleições legislativas e locais, uma tentativa das autoridades de demonstrar sua capacidade de organizar votos democráticos no instável Chifre da África.
Esta região separatista do noroeste da Somália proclamou sua independência há 30 anos, tem seu próprio governo e exército e imprime sua moeda, mas não alcançou reconhecimento internacional e é oficialmente parte do país africano.
O presidente da comissão eleitoral nacional, Abdirashid Mohamed Ali, disse a repórteres que as seções eleitorais fecharam às 18h e "que o povo votou pacificamente" nessas "eleições bem-sucedidas".
Os resultados são esperados em cinco dias.
Ambas as eleições são realizadas com anos de atraso. A última legislatura data de 2005.
Esta votação marca "um momento importante para a democracia na Somalilândia", declarou uma equipe de observação independente financiada pelo Reino Unido.
Eleições pacíficas e sufrágio universal na Somalilândia contrastam com a situação na Somália, que não organizou nenhuma eleição com base no princípio de "uma pessoa, um voto" em meio século.
O governo somali e os líderes de cinco estados semi-autônomos chegaram a um acordo no final de maio para realizar eleições em 60 dias.
* AFP