O grupo francês Total evacuou totalmente seus funcionários e suspendeu as atividades em uma planta de extração de gás no norte de Moçambique, depois do ataque jihadista à vizinha cidade de Palma na semana passada.
"A Total foi embora", disse à AFP uma fonte de segurança. A gigante petroleira "decidiu evacuar todo o seu pessoal", informou outra fonte militar.
Drones de vigilância mostraram que os jihadistas estavam em áreas "muito próximas" da planta de gás de Afungi.
A península de Afungi fica a 10 km de Palma, onde o ataque jihadista de 24 de março provocou a morte de dezenas de pessoas.
Mais de 2.600 pessoas morreram em mais de 830 ataques protagonizados por islamitas nos últimos três anos.
O chefe militar em Afungi, Chongo Vidigal, havia afirmado na quinta-feira que a usina de gás, cuja construção ainda não foi concluída, estava "protegida".
A Total já tinha evacuado parte de seu pessoal e suspendeu os trabalhos de construção no fim de dezembro, mas o ataque da semana passada representou um aumento substancial da ameaça jihadista na província de Cabo Delgado, onde fica a planta de gás.
* AFP