O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) o envio de reforços policiais e de soldados da Guarda Nacional para impedir "saques" e a "anarquia" em Kenosha, Wisconsin, onde dois homens morreram durante protestos que exigiam justiça para Jacob Blake.
"Não vamos tolerar saques, incêndios criminosos, violência e ilegalidade nas ruas americanas", disse o presidente no Twitter, em sua primeira reação desde que Blake, um cidadão negro de 29 anos, foi gravemente ferido pela polícia da cidade, no domingo (23).
Trump relatou que o governador democrata de Wisconsin, Tony Evers, havia aceitado o envio de reforços federais para Kenosha, uma cidade de 170 mil habitantes localizada às margens do Lago Michigan.
"Mandarei a polícia federal e a Guarda Nacional a Kenosha para restaurar a lei e a ordem", insistiu o presidente republicano, que fez da segurança um dos principais temas de campanha para sua reeleição em 3 de novembro.
Suspeito preso
A polícia de Antioch, no Illinois, anunciou na quarta-feira (26) a prisão por homicídio de um adolescente de 17 anos após as duas mortes registradas em Kenosha.
"Esta manhã, as autoridades do condado de Kenosha emitiram um mandado de prisão do indivíduo responsável pelo incidente, acusando-o de homicídio intencional em primeiro grau", disse a polícia.
"O suspeito neste incidente, um residente de Antioch de 17 anos, está atualmente sob a custódia do sistema judicial do condado de Lake, enquanto aguarda uma audiência de extradição para transferir a custódia de Illinois para Wisconsin", acrescentou a fonte.
O que motiva os protestos
Os EUA registraram nesta quinta-feira (27) a quarta noite consecutiva de protestos por justiça no caso de Jacob Blake, afro-americano que foi baleado sete vezes à queima-roupa por um policial no domingo.
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra Jacob caminhando até seu carro, acompanhado de perto por policiais com arma em punho. Ao abrir a porta, ele é alvejado com sete disparos pelas costas.
Os atos nos EUA também relembram três meses da morte de George Floyd, em maio, asfixiado quando um policial se ajoelhou por vários minutos em seu pescoço.