A senadora Kamala Harris fez história nesta quarta-feira (19) ao aceitar a nomeação do Partido Democrata para ser candidata à vice-presidência dos Estados Unidos após Joe Biden ser confirmado, na terça, como candidato a presidente. Durante a convenção nacional do partido, ela uniu forças com Barack Obama e Hillary Clinton para condenar Donald Trump pelo "fracasso" no papel de líder do país.
Harris, uma senadora de 55 anos, filha de imigrantes da Jamaica e da Índia que poderá se tornar a primeira mulher negra a ocupar o cargo de vice-presidente na história americana, acusou Trump de transformar "tragédias em armas políticas". Ela também pediu aos americanos que votem no líder da chapa democrata, Joe Biden, "um presidente que irá nos unir".
- O fracasso de liderança de Donald Trump custou vidas e sustento - disse Harris, que foi ex-procuradora-geral da Califórnia, durante o discurso de aceitação da nomeação.
Biden, que enfrentará Trump nas eleições de 3 de novembro, fará seu discurso de aceitação da nomeação nesta quinta-feira (20), no encerramento da convenção nacional do Partido Democrata realizada virtualmente pela primeira vez na história devido à pandemia do coronavírus.
Pouco antes de Harris se pronunciar, Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos, discursou. O ex-mandatário atacou Trump e deu seu aval à candidatura de Biden.
Obama afirmou que "esperava, pelo bem do nosso país, que Donald Trump pudesse mostrar algum interesse em levar o trabalho a sério, que pudesse chegar a sentir o peso do cargo (...) Mas nunca o fez".
Como resultado, prosseguiu Obama, Trump "libertou os piores impulsos da América, enfraqueceu nossa orgulhosa reputação pelo mundo e nossas instituições democráticas ficaram ameaçadas como nunca antes".
Trump reagiu de imediato a estas afirmações.
- Vejo o horror que nos deixou, a estupidez dos acordos que fez - disse Trump em alusão a Obama, a quem tachou de "ineficaz" e "terrível".
O Partido Republicano fará sua convenção, também virtual, na próxima semana, na qual indicará Trump para um segundo mandato.