O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando nesta terça-feira (21) para excluir imigrantes sem documentos da contagem do censo, que determina as cotas de representação no Congresso.
— Decidi, pelo respeito à lei e pela proteção da integridade do processo democrático, a exclusão de estrangeiros ilegais da base de distribuição — disse o presidente em uma carta enviada ao Secretário de Comércio, responsável pelo censo realizado este ano nos Estados Unidos.
O governo Trump tentou incluir uma pergunta sobre nacionalidade nesta edição da contagem, mas foi impedido pela Suprema Corte.
As estatísticas populacionais nos Estados Unidos determinam a distribuição do orçamento, mas também são vitais para a alocação de cadeiras na Câmara de Representantes (dos deputados).
— A inclusão desses estrangeiros ilegais na população de um Estado com a finalidade de dividir (assentos) poderia implicar a alocação de três ou mais assentos no Congresso que, de outra forma, seriam designados de maneira diferente — disse Trump.
Em nota, o presidente defendeu que esta ação "reflete uma melhor compreensão da Constituição e é consistente com os princípios da democracia representativa".
A associação para a defesa dos direitos humanos ACLU considerou a ação do presidente como "inconstitucional" e prometeu contestá-la no tribunal.
Mais de 10 milhões de imigrantes irregulares vivem nos Estados Unidos, segundo estimativas da consultoria Pew.