A autópsia de George Floyd, negro morto por um policial branco em Minneapolis, Estados Unidos, revelou que ele havia contraído coronavírus, com diagnóstico da doença realizado em 3 de abril. O documento foi divulgado pelo Departamento de Medicina Legal do condado de Hennepin.
A morte do homem de 46 anos no dia 25 de maio causou comoção não apenas nos Estados Unidos, provocando uma onda de protestos que não se via há décadas contra a violência policial e o racismo. O vídeo em que ele diz não conseguir respirar reacendeu a questão da brutalidade policial contra negros nos país norte-americano. As informações são do jornal O Globo.
Por enquanto, não há evidências concretas de que a covid-19 tenha contribuído para a morte, já que Floyd não apresentava sintomas da doença. O médico legista-chefe do condado, Andrew Baker, concluiu que o resultado do teste "provavelmente reflete positividade assintomática, mas persistente de infecção anterior", segundo o jornal.
O documento, de 20 páginas, ainda revelou que Floyd tinha uma doença cardíaca e um histórico de problemas com pressão alta. Além disso, o relatório toxicológico preliminar apontou vestígios moderados de metanfetamina e fentanil (um forte opioide usado para dor).
Um dos dois médicos legistas que conduziu uma autópsia particular para a família de Floyd, Michael Baden, disse ao jornal The New York Times que as autoridades do condado nunca haviam lhe dito que Floyd havia testado positivo para a covid-19.
Desde o dia em que Floyd fora assassinado, protestos contra o racismo ganharam força em diversas cidades ao redor do mundo.