Os resultados completos da necropsia realizada pelas autoridades sanitárias no corpo de George Floyd revelaram nesta segunda-feira (1) que ele morreu por "homicídio", devido à "compressão do pescoço" quando um policial o imobilizou, segundo comunicado.
A morte do homem de 46 anos há uma semana, em Minneapolis, causou comoção nos Estados Unidos e provocou uma onda de protestos que não se via há décadas contra a violência policial e o racismo.
De acordo com o informe, os resultados da necropsia também mostraram que a vítima tinha consumido fentanil, um opioide usado como analgésico.
Outros detalhes sobre as condições de saúde de Floyd indicam que tinham uma "doença cardíaca aterosclerótica e hipertensiva; intoxicação por fentanil; uso recente de metanfetamina".
O comunicado esclareceu que "a forma da morte não é uma determinação legal de culpa ou intenção". Além disso, enfatizou que segundo a lei estadual de Minnesota, a unidade de medicina legal "é um escritório neutro e independente e diferente de qualquer autoridade fiscal ou agência de aplicação da lei".
O caso
Floyd morreu na noite de segunda-feira (25) após ficar deitado de bruços por pelo menos 10 minutos, enquanto um policial pressionava seu pescoço com o joelho.
— Não consigo respirar — implorou o homem, segundo o áudio de um vídeo que viralizou.
O policial, um homem branco, diz para ele ficar calmo. Um segundo policial mantém os pedestres à distância enquanto Floyd não se mexe e parece inconsciente.
Em imagens feitas pelas câmeras de um restaurante localizado em frente ao local da prisão, ele aparece com algemas nas costas sem oferecer resistência à polícia. O vídeo contradiz alegações da polícia de que o homem, suspeito de tentar passar uma nota falsa de 20 dólares, resistiu à prisão.
Após o vídeo viralizar e comover norte-americanos antirracistas, uma série de protestos eclodiu no país.