O governo argentino divulgou nesta quarta-feira (8) algumas das atividades que poderão voltar a ser exercidas a partir de 13 de abril. São elas as de obras de infraestrutura energética, venda de materiais de construção, produção mineira, exportações de produtos já prontos que estejam estocados, serviços de limpeza (incluindo diaristas) e de documentação de pessoas.
Ainda há espaço, até domingo (12), para novos anúncios, e a União Industrial Argentina (UIA) espera que o governo aceite o plano apresentado para uma retomada da produção por turnos e com menos funcionários.
Por ora, isso foi descartado pelo presidente Alberto Fernández. Ele declarou nesta quarta que, apesar de liberar algumas categorias da quarentena, a industrial vem apresentando bons resultados e que, antes do dia 23, não pretende fazer aberturas mais expressivas.
Além disso, Fernández disse que a vigilância da circulação de pessoas vai ser mais dura, principalmente na Grande Buenos Aires, onde se registra 70% dos contágios, mas também em outras áreas metropolitanas populosas e com alto número de infectados, como Córdoba, Santa Fe e Terra do Fogo.
Além de só poderem sair de casa para comprar remédios ou alimentos, o governo agora passou a recomendar o uso generalizado de máscaras, principalmente as caseiras.
Quanto às aulas, ficou determinado que as universidades podem voltar no próximo 1º de junho, mas as atividade de Ensino Fundamental e Médio continuam suspensas por tempo indeterminado.
Voos internos e externos continuarão suspensos pelo menos até 23 de abril. O transporte público seguirá funcionando apenas para transportar as categorias que estão livres para circular, e só poderão transportar passageiros sentados. Essas pessoas precisam realizar um trâmite pela internet e andar com a permissão dada pelo governo e uma carta de seu empregador que confirme os dados informados.
Tanto a UIA como a Câmara Argentina de Comércio, que pede a abertura, ainda que parcial, de lojas, restaurantes e shoppings, estão apresentando contra-propostas a Fernández, pois o presidente afirmou ser impossível a retomada dessas atividades ao menos até o dia 23. As negociações continuam nos próximos dias.