Em uma homilia na noite deste sábado (11), véspera da Páscoa, o Papa Francisco enfatizou que essa festividade constitui "um anúncio de esperança".
— A escuridão e a morte não têm a última palavra. Tudo vai ficar bem, dizemos constantemente essas semanas, agarrando a beleza de nossa humanidade e trazendo palavras de encorajamento de nossos corações —afirmou.
O pontífice ainda alertou para o fato de que "à medida que os dias passam e o medo cresce, até mesmo a mais intrépida esperança pode evaporar".
— Mas podemos e devemos esperar, apesar da tristeza que podemos abrigar — insistiu.
O papa argentino aderiu recentemente ao apelo das Nações Unidas para um cessar-fogo imediato e mundial para preservar, contra o coronavírus, os civis mais vulneráveis dos países em guerra.
— Vamos silenciar os gritos de morte, que as guerras terminem. Que a produção e o comércio de armas terminem, porque precisamos de pão, e não de rifles — disse neste sábado em sua homilia pronunciada na Basílica de São Pedro, na presença de apenas uma dúzia de concelebrantes e uma dúzia de fiéis.
A pandemia de coronavírus também impediu a celebração de batismos durante a tradicional missa de vigília da Páscoa.
O Papa Francisco dará sua bênção "Urbi et orbi" no domingo de Páscoa também de dentro de uma quase vazia Basílica de São Pedro, sem a aclamação dos fiéis — 70 mil no ano passado estiveram presentes para ouvir e cumprimentar o Santo Padre ao ar livre.