Especialistas ucranianos tiveram acesso à caixa-preta do Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines que caiu pouco depois de decolar do aeroporto de Teerã, no Irã. A informação foi dada nesta sexta-feira (10) pelo ministro das Relações Exteriores, Vadym Prystaiko.
— Nossa equipe agora tem acesso às caixas-pretas — relatou Prystaiko em uma entrevista coletiva com a imprensa.
A Ucrânia enviou 50 especialistas ao Irã para participar das investigações do desastre. A aeronave, que decolou às 6h12min na hora local (23h42min de terça-feira, 7, em Brasília) e seguia para Kiev, pegou fogo após a queda. Todas as 176 pessoas a bordo morreram. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
Cinco horas antes da queda da aeronave, o Irã havia disparado mísseis contra bases americanas no Iraque, em resposta a um ataque dos EUA que matou o general Qassam Soleimani, principal autoridade militar iraniana. Funcionários dos setores de inteligência dos Estados Unidos afirmaram que o avião caiu após ter sido atingido acidentalmente por um míssil iraniano. Os primeiros-ministros do Canadá e do Reino Unido, Justin Trudeau e Boris Johnson, afirmaram o mesmo.
O Irã, contudo, negou a afirmação. Segundo a TV estatal, o porta-voz do governo, Ali Rabiei, divulgou um comunicado dizendo que a informação de que o país teria acertado a aeronave é parte de uma "guerra psicológica contra o Irã".
Entre as vítimas, havia 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos. Segundo Trudeau, os passageiros fariam uma conexão para um voo com destino ao Canadá.