Um dos bombardeios ocorridos neste sábado (4) em Bagdá teve como alvo a área que concentra a presença internacional na capital iraquiana. Estendendo-se por 10 quilômetros quadrados, a chamada Zona Verde costumava servir como centro administrativo e militar nos tempos do governo de Saddam Hussein, abrigando uma série de palácios, ministérios e quartéis.
Altamente fortificada e cercada por altos muros de concreto, com poucos portões de acesso e controle rígido de entrada e saída, foi transformada em base do governo de transição, depois da invasão do país e da deposição de Saddam Hussein por uma coalização liderada pelos Estados Unidos.
A tomada da Zona Verde pelos norte-americanos ocorreu em abril de 2003 e foi obtida após um dos embates mais duros da guerra. Nos anos mais tumultuosos de conflito e ocupação, ficou famosa como área mais segura de Bagdá – mesmo assim, foi alvo de vários ataques e atentados.
Com a devolução da soberania aos iraquianos, a Zona Verde foi entregue ao governo local, mas ainda é a área que concentra maior presença internacional, incluindo embaixadas (como a dos Estados Unidos), empresas do setor militar e hotéis. O acesso público irrestrito à zona só foi liberado em 2018.