Ao menos 26 alunos e dois professores morreram nesta quarta-feira (18) em incêndio em uma escola corânica em Monróvia, capital da Libéria, em uma das piores tragédias já registradas no pobre país da África Ocidental.
Os menores foram surpreendidos pelo fogo durante a noite, quando estavam dormindo, disse à AFP Amadou Sherrif, um funcionário da comunidade de Fulani, onde o drama ocorreu.
Os alunos tinham "entre 10 e 20 anos e há apenas dois adultos entre as vítimas, dois professores", afirmou Solo Kelgbeh, porta-voz do presidente George Weah.
As chamas atingiram a única porta de acesso ao dormitório dos alunos, que "ficaram presos" no local, disse à AFP um oficial da polícia.
George Weah visitou o local em Paynesville, subúrbio de Monróvia.
"Dirijo minhas orações às famílias das crianças que morreram ontem à noite em Paynesville, no incêndio que devastou sua escola", tuitou o presidente da Libéria.
"Este é um momento difícil para as famílias das vítimas e para toda a Libéria", acrescentou.
Ao longo da manhã, uma multidão de familiares que buscavam notícias, curiosos e pessoas que queriam manifestar condolências se aglomeraram em torno da escola, de apenas um andar.
A polícia liberiana está acostumada com esses incêndios, provocados em muitos casos por geradores de eletricidade com defeito, "mas não com esta dimensão", assinalou outro oficial.
Os estudantes foram enterrados rapidamente, seguindo a tradição muçulmana, em uma cerimônia coletiva.