A ONG americana More Than Me reconheceu neste sábado (13), a ocorrência de sérios erros internos depois que as alunas de uma escola destinada a combater a exploração sexual denunciaram terem sido sistematicamente estupradas pelo cofundador da organização humanitária, Macintosh Johnson.
"Sentimos muito", afirmou a ONG em seu site após a repercussão do escândalo registrado na escola localizada em uma favela de Monróvia, capital da Libéria.
Algumas vítimas tinham 10 anos e teme-se que Johnson tenha infectado algumas delas com o vírus da aids, o que causou sua própria morte, segundo informações do site de pesquisas ProPublica, em um artigo publicado em conjunto com a revista Time.
"Para todas as meninas que foram estupradas por Macintosh Johnson em 2014 e antes: nós falhamos com vocês", declarou a More Than Me. "Nós demos a Johnson um poder que ele explorou para abusar de crianças. Nossa administração deveria ter reconhecido os sinais antes e nós usamos e continuaremos usando programas de treinamento e conscientização para que não nos escape novamente", acrescentou.
Os abusos ocorreram em uma escola em West Point, um conhecido bairro da capital Monróvia.
O centro abriu em 2013 com grande publicidade e tornou-se a primeira das 18 escolas que o More Than Me inaugurou no empobrecido país da África Ocidental para empoderar meninas.