O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu nesta sexta-feira (23) às novas tarifas anunciadas pela China contra produtos americanos elevando a taxação sobre bens chineses, ampliando a guerra comercial que ameaça a economia global. Trump criticou a "relação comercial injusta" e disse que "a China não deveria ter colocado novas tarifas sobre US$ 75 bilhões de produtos americanos" por motivação política.
Trump decidiu elevar a tarifa de 25% sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses para 30%, a partir de 1º de outubro. E as tarifas sobre US$ 300 bilhões em produtos que devem entrar em vigor em 1º de setembro e que eram de 10%, agora serão fixadas em 15%.
Pela manhã, a China anunciou sua intenção de impor novas tarifas sobre US$ 75 bilhões em bens importados dos Estados Unidos, em resposta às taxas alfandegárias adicionais que Washington anunciou em 1 de agosto. Em resposta, Trump elevou as tarifas atuais e futuras sobre um total de US$ 550 bilhões em importações da China.
Acusando a China de "tirar proveito dos Estados Unidos em comércio, roubo de propriedade intelectual e muito mais", Trump disse que, "devemos equilibrar essa relação comercial muito... Injusta".
Enquanto Pequim trabalhou por três semanas em sua resposta tarifária em vários níveis, a prometida retaliação de Trump — que ocorreu em uma tradicional sequência de tuítes — foi anunciada em menos de 10 horas.
O conflito acelerado preocupa as empresas americanas, muitas das quais dependem da China para fornecer insumos, produtos e até para a fabricação.
— É impossível para as empresas planejar o futuro nesse tipo de ambiente — disse David French, da National Retail Federation. — A abordagem do governo claramente não está funcionando, e a resposta não é mais tarifas sobre empresas e consumidores americanos. Onde isso termina? — completou.