O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alertou nesta quarta-feira (1º) que não hesitará em prender os envolvidos em uma revolta militar liderada pelo opositor Juan Guaidó.
— Eu não vou abalar meu pulso, quando a Justiça ordenar, para colocar atrás das grades os responsáveis por este golpe criminoso — disse Maduro a milhares de seguidores nas imediações do palácio presidencial de Miraflores.
Na terça-feira (30), um grupo de soldados com armas e veículos de choque passou a apoiar o líder opositor Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, em um episódio que Maduro descreveu como uma "escaramuça ao estilo de golpe".
Ao lado dos militares insurgentes e acompanhando Guaidó, apareceu o líder da oposição Leopoldo López, que disse ter sido libertado da prisão domiciliar por guardas do serviço de inteligência (Sebin).
— Ontem, tentaram impor a traição de um punhado capturados pela direita golpista (...) Eles estão fugindo de embaixada para embaixada, a Justiça está procurando-os e mais cedo ou mais tarde irão para a cadeia para pagar por sua traição e seus crimes — declarou.
27 insurgentes pediram asilo na embaixada brasileira e López se refugiou na legação da Espanha.
O líder socialista denunciou que o "golpe de Estado que pretendiam" executar foi dirigido "da Casa Branca" por John Bolton, assessor de segurança do presidente Donald Trump.
— Aqui não são as balas ou os fuzis que vão impor um presidente fantoche em Miraflores, é absolutamente inviável — disse Maduro em referência a Guaidó, que convocou manifestações na quarta-feira que terminaram em confrontos violentos em Caracas.
— Nos próximos dias mostrarei todas as provas de quem conspirou, como conspirou, para que o povo saiba quem são os traidores e que a Justiça faça sua parte — afirmou.
Maduro pediu a seus colaboradores e à Força Armada, considerada o principal apoio do governo, "lealdade máxima".