O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou nesta quarta-feira (1º) ao secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo que a influência dos Estados Unidos na crise venezuelana é "destruidora" e "uma violação flagrante do Direito Internacional". A crítica foi feita em resposta às afirmações de Pompeo, que declarou na terça-feira (30) ao canal de notícias CNN que Nicolás Maduro só não deixou o poder na Venezuela graças a um telefonema russo.
— Esta influência destrutiva não tem nada a ver com a democracia e é uma ingerência nos assuntos da Venezuela — disse Lavrov, de acordo com uma nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Em diversas ocasiões, Pompeo declarou que o governo americano está preparado para intervir militarmente na Venezuela, caso seja necessário.
— A continuação dessas etapas agressivas teria sérias consequências. Apenas o povo venezuelano tem o direito de decidir seu destino, e ele exige o diálogo de todas as forças políticas do país, algo que o governo (de Nicolás Maduro) reconhece há muito tempo — afirmou Lavrov, na conversa com Pompeo.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, na conversa, Pompeo "destacou que a intervenção de Rússia e Cuba é desestabilizadora para a Venezuela e para a relação bilateral entre Estados Unidos e Rússia".
Pompeo também "pediu à Rússia para pôr fim a seu apoio a Nicolás Maduro e se unir às nações, incluindo uma esmagadora maioria dos países ocidentais, que querem um futuro melhor para o povo venezuelano", completou a porta-voz.
