O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira (2) às Forças Armadas que lutem contra "qualquer golpista", após uma insurreição militar fracassada liderada pelo líder da oposição, Juan Guaidó.
— Sim, estamos em combate, moral máxima nessa luta para desarmar qualquer traidor, qualquer golpista — disse Maduro em ato com milhares de soldados, transmitido pela televisão, em que o alto-comando militar reiterou sua lealdade ao governo.
Na terça-feira (30), Guaidó, autoproclamado presidente, afirmou que tinha apoio das principais unidades das Forças Armadas para dar início ao que chamou de "fase final da Operação Liberdade". O opositor também convocou os venezuelanos para irem às ruas para o "fim da usurpação" do poder no país.
Já na quarta (1º), Guaidó prometeu seguir com ações diárias até a queda de Nicolás Maduro. Os protestos já deixaram pelo menos dois mortos e dezenas de feridos.
A Venezuela vive enorme tensão política desde janeiro deste ano, quando Maduro tomou posse de um novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Guaidó se autoproclamou presidente de um governo interino, que conta com o apoio de mais de 50 países.
Paralelamente, o país sul-americano vive a pior crise econômica de sua história, o que gera protestos diários para denunciar a escassez severa de alimentos e remédios e a péssima prestação de serviços públicos.