O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (5) que derrotará uma "minoria enlouquecida, determinada a desestabilizar o país". Foram as primeiras declarações públicas do chavista sobre o líder oposicionista Juan Guaidó, que voltou a Venezuela na segunda-feira (4).
Durante uma cerimônia para celebrar o sexto aniversário da morte de seu predecessor, Hugo Chávez, Maduro condecorou militares das Forças Armadas que impediram a entrada de ajuda humanitária no país e convocou seus apoiadores a uma manifestação "anti-imperialista", em referência aos Estados Unidos. Para o presidente, Guaidó estaria fomentando um golpe apoiado por Donald Trump.
A data escolhida por Maduro para o protesto pró-regime, sábado (9), é a mesma fixada por Guaidó para novas manifestações contra o chavista.
O líder oposicionista, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, reuniu-se com representantes de mais de 16 sindicatos de administração pública nesta terça. Guaidó apoiou a proposta de uma série de greves para pressionar a saída de Maduro.
Ele anunciou também que prepara uma lei para proteger os funcionários que venham a ser demitidos caso participem das paralisações. Os sindicatos ainda não anunciaram quando as greves ocorrerão nem que setores integrarão o movimento.
Segundo nota divulgada pela Assembleia Nacional, órgão de maioria opositora, as paralisações serão escalonadas.
Antes de Maduro comentar publicamente o retorno de Guaidó, o líder oposicionista afirmou que o silêncio de 24 horas do ditador se devia a "contradições internas".